A estrela da Festa da Uva merece uma noite somente sua, para venerar a colheita e os bons frutos. Nesta terça-feira, 27, foram premiados os viticultores de Caxias do Sul e região que participaram do concurso de Exposição de Uvas. Ao todo, 279 produtores se inscreveram no certame, em 13 categorias. Os vencedores foram anunciados em um jantar no restaurante Tulipa, no Parque Mário Bernardino Ramos.
A rainha da Festa da Uva 2019, Maiara Perottoni, acompanhada das princesas Milena Remus Caregnato e Viviane Piamolini Gaelzer, destacou a força dos trabalhadores que tiram da terra o seu sustento e são a base inicial da economia da região. “A premiação é uma forma também de incentivo a todos, para que sigam amando o que fazem. Precisamos de todos os viticultores ao nosso lado para uma festa da magnitude que o povo merece”, completou.
O prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, cumprimentou a todos e ressaltou a importância do trabalho de cada um. “Vocês fazem a diferença em nossa cidade e na evolução dela. Obrigado pelo cuidado e parabéns a todos por esta linda festa”, afirmou.
Os vencedores foram agraciados com troféus e também viagens para uma das regiões vitivinícolas mais conhecidas do mundo – Mendoza, na Argentina.
Recordista de premiações – Neste ano, a Família Venturin foi destaque, sendo agraciada com seis premiações. Ao todo, são 74 distinções para os produtores desde o início da participação na Exposição de Uvas, iniciada na festa de 1972.
Conheça os premiados e detalhes da variedade de uva:
BORDÔ
1º lugar: Mário João Biondo
2º lugar: Gilberto Munhaga
3º lugar: Francisco Ballardin Zanette
Sobre a uva: Por possuir um sabor mais amargo e intenso, a uva bordô é bastante incomum o consumo in natura. Sua utilização é relacionada à produção de sucos e de vinhos de mesa. A maior concentração de pigmentos está nas cascas e nas sementes das uvas, e essas partes não são utilizadas no mosto principal para a elaboração da bebida, sendo descartadas durante o processo.
ISABEL
1º lugar: Italina Maria Boneto Demori
2º lugar: Alberto Francisco Bedin
3º lugar: Rodrigo Zangalli
Sobre a uva: A Isabel é o tipo mais plantado no Brasil, ocupando quase a metade das videiras. O nome é uma homenagem à americana Isabella Gibbs, que iniciou o cultivo nos Estados Unidos, no início do século 19. É uma variedade excelente para a produção de geleias e sucos.
NIÁGARA BRANCA
1º Lugar: Euclides Venturin
2º Lugar: Tiago Casagrande
3º Lugar: Juliana Bedin Rossi
Sobre a uva: Uma das mais conhecidas variedades de uva de mesa, a Niágara Branca é bastante utilizada para a produção de vinho comum – também chamado de vinho caseiro. Ela rende cerca de 70% a 75% de vinho e é bastante popular enquanto alimento e também no preparo de sucos e geleias.
NIÁGARA ROSADA NÃO PROTEGIDA
1º lugar: Juliano Bedin
2º lugar: Fernando Luis Zangalli
3º lugar: Adelina Dalla Rosa Gaiardo
NIÁGARA ROSADA PROTEGIDA
1º lugar: Tiago Casagrande
2º lugar: Elton Clever Mugnaga
3º lugar: Rodrigo Zangalli
Sobre a uva: Foi descoberta no meio de uma plantação de niágaras brancas nos vinhedos de Louveira (SP) em 1933. Encontrada por acaso por um agricultor, espalhou-se pelo estado de São Paulo. A fruta de polpa mole e doce é o tipo de uva mais consumido no país.
ITÁLIA
1º lugar: Euclides Venturin
2º lugar: Gilmar Luis Comerlato
3º lugar: Charles Venturin
Sobre a uva: Apesar do reconhecimento em quase todo o território nacional, a uva Itália tem propriedades que são exclusivas e únicas, podendo também ser útil para uma série de coisas. É rica em vitaminas, proteínas, carboidratos, iodo, fósforo e flavonoides. Seu consumo pode se dar em natura, ou em formas de sucos ou geleias.
RUBI
1º lugar: Gilmar Luis Comerlato
2º lugar: Maicol Venturin
3º lugar: Kelvin Comerlato
Sobre a uva: Uma das mais tradicionais uvas de mesa, a rubi é uma importante fonte de vitaminas e sais minerais. São nutrientes fundamentais para a nossa saúde e composição física, além de ser uma aliada das dietas, fornecendo muito valor alimentar. Seus cachos são formados por bagos grandes e carnudos com sementes, de diferentes colorações conforme suas variedades.
UVA ORGÂNICA
1º lugar: Dirceu Mascarello
2º lugar: Vitor Augusto Ristorello
3º lugar: Joel Mazzarotto
Sobre a uva: Livre de agrotóxicos, a uva orgânica é cultivada pelos produtores em videiras específicas. Podem ser produzidas diversas variedades. Seu consumo é mais atrativo, pois o aroma e o sabor ficam mais evidentes.
CONJUNTO
1º lugar: João Pedro Toss
2º lugar: Euclides Venturin
3º lugar: Valdir Mazzochi
LORENA
1º lugar: Valderes Antonio Formigheri
2º lugar: Vilson Joãozinho Dallegrave
3º lugar: Charles Venturin
Sobre a uva: A Uva BRS Lorena, foi obtida através do cruzamento da Malvasia Bianca x Seyal, em 1986 pela Embrapa. Foi desenvolvida especialmente para a fabricação de vinhos brancos de mesa e espumantes de qualidade.
MOSCATO EMBRAPA
1º lugar: Benvindo Formigheri
2º lugar: Paulo Casagranda
3º lugar: Juliano Bedin
Sobre a uva: Foi desenvolvida para ser uma alternativa de uva tardia para elaboração de vinho aromático, com sabor de vinífera, em especial o moscatel, e com baixa acidez.
MOSCATO BRANCO
1º lugar: Gilmar Luis Comerlato
2º lugar: Benvindo Formigheri
3º lugar: Marlene Dalla Rosa
Sobre a uva: Surgida provavelmente na Grécia antiga, essa uva verde-amarelada de aroma forte se adaptou bem aos diversos continentes para onde foi levada. Em cada país, recebia um nome diferente – o “moscatel” apareceu na região de Setúbal, em Portugal. No Brasil, é usada para a alimentação e na produção de vinhos brancos.
CABERNET SAUVIGNON
1º lugar: Fernando Luiz Zangalli
2º lugar: Marlene Dalla Rosa
3º lugar: Daniel Longo
Sobre a uva: É uma das uvas mais nobres, servindo de base para os famosos vinhos tintos da região de Bordeaux, na França. A excelente qualidade da bebida, cujo aroma e buquê evoluem com o envelhecimento, fez com que a cultura se expandisse pela Itália, Espanha, Grécia e Estados Unidos. O cultivo da cabernet responde por só 0,5% do total de uvas plantadas no Brasil.
Fotos: Leandro Araujo