A alameda central do Parque de Exposição Mário Bernardino Ramos foi palco na noite desta quarta-feira (27) do primeiro desfile artístico realizado fora do centro de Caxias do Sul. O espetáculo nos Pavilhões tem o mesmo roteiro e formato do desfile da Rua Sinimbu, porém, com um número de figurantes reduzidos. Na próxima semana, os desfiles no parque ocorrem dias 5, 6 e 7 de março, sempre às 20h30, retornando à Sinimbu no último dia da festa, 10, às 17 horas.
O trajeto iniciou próximo ao acesso à Casa Della Mùsica, onde ocorrem os shows nacionais, e seguiu até o pórtico do Parque. A proximidade entre os artistas e figurantes criou interação e um clima de alegria e receptividade podia ser sentido durante o desfile. O cenário, com a réplica de Caxias do Sul de 1885, valorizou ainda mais o desfile e agradou ao público, que se sentiu acolhido.
O som do bombo leguero e da percussão da ala da indústria ficou mais perceptível e arrepiava o público à medida que o desfile avançava. Os detalhes da coreografia, que contam a saga do povo italiano, também puderam ser vistos e sentidos mais de perto. A entrega de uvas durante a representação da videira, que celebra a colheita e homenageia a fruta que a rainha da festa, também agradou ao público. Assim como a distribuição de polenta brustolada, cuca de uva e biscoito de mel chamou a atenção dos visitantes.
O final do desfile foi iluminado por um show de fogos de artifício e animado pelo Musical Cremona. Nesta quinta-feira, 28, a partir das 20h30, o evento acontece novamente nos Pavilhões.
Opinião do público: A ideia de um desfile mais cênico e musical, explorando a coreografia ao som da música tema, chamou a atenção da administradora Marisol Pacheco, 34 anos. “Esse desfile de hoje retrata a nossa cidade. Estou assistindo e vendo Caxias do Sul a cada momento”, destacou.
“Que delícia essa cuca de uva! Esse desfile está vibrante”, ressaltou a jovem Carolina Santos, de 21 anos. Natural de São Paulo, ela visitou o Parque pela primeira vez, e promete voltar. “Com certeza virei em outras edições”, afirmou.
Já o empresário Eliseu Carmo Pacheco, 62, estava emocionado com o desfile. Desde 1996 ele não acompanhava o espetáculo, porque estava expondo no Parque e não se deslocava até o Centro. “Achei muito interessante, é emocionante ver a nossa história assim tão de perto, e a ideia de ser aqui nos Pavilhões deu certo. Tem música, encenação e fiquei surpreso com o que assisti”.
A engenheira agrônoma, Taianara Perucchin, 22, elogiou a inovação do desfile. “Nas últimas edições os figurinos e os carros eram parecidos, era como se estivéssemos assistindo sempre o mesmo desfile. Dessa vez eu gostei muito, porque está mais simples, sem aquela ostentação, mas tem a presença das pessoas, que chama muita atenção. A dança e a coreografia conseguem contar nossa história e quem vê de fora pode perceber a cultura da nossa cidade”, enfatizou.
Fotos: Leandro Araújo